O coração de um yogue é intensamente humano e humanitário. É humano porque é capaz de encarar os vários problemas da vida. É humanitário porque é profundamente compassivo. Reconhece os defeitos do mundo mas não zomba deles e não se sente superior a eles.
O coração de um yogue se comove ante o sofrimento do mundo e deseja realmente fazer alguma coisa para ajudá-lo, na melhor forma ao seu alcance.
O coração de um yogue procura compreender as dificuldades do outro e está sempre pronto para demonstrar espírito de cooperação. Ele não é um feixe de emoções, fantasias, intolerância. Não é impulsivo. É desprendido e, no entanto, cheio de amor.
O coração de um yogue venera a Deidade de sua predileção, porém, respeita igualmente todas as outras manifestações de Deus, vendo a sua Deidade preferida nelas também, como em todas as criações do mundo, mas não confina a sua visão somente nelas. Transcende acima e para além, e procura atingir o infinito.
Sri Swami Sivananda